sábado, 22 de agosto de 2009

Elizabeth...Capítulo 1

Já fazem dois anos que meu marido me abandonou,ele saio de casa sem deixar recados,saio de casa apenas com a roupa do corpo,e com um porta retrato,que continha uma bela foto do nosso casamento,estava tudo ótimo,ele se foi...sem razão alguma...o primeiro ano foi muito difícil,não que agora seja fácil,mas com um tempo,eu aprendi a conviver com o sofrimento,a saudade,e a interrogação para um porque de ter sido deixada.Hoje é meu aniversário de 30 anos,e estou ótima com a companhia dos meus dois cachorro.Foi Henry quem me deu os cães,em nosso aniversário de casamento,os dois cães são da raça Dogue alemão,um se chama Pegasus,e o outro Aischros.
A minha vida certamente é a prova de um amor verdadeiro e desastrozo,mesmo depois que henry se foi,eu nunca amei ninguém,eu posso dizer que ele foi o único homem da minha vida.Nós nos conhecemos no hospital...sim sou pediatra,eu estava de plantão na noite em que ele apareceu no kindoon,ele trazia uma criança sobre seus braços,uma criança que estava entre a vida e a morte,acho que foi isso que abrio as portas do meu coração de pedra,um belo homem,com um gesto mais belo ainda,ajudar salvar a vida de uma criança de rua.Nós namoramos durante dois anos,no dia 29 de agosto de 2006 nós ficamos noivos,mas o melhor acontecimento da minha vida,aconteceu em 2007,ah...dia 29 de novembro de 2007,foi o dia mais feliz da minha vida,o dia em que ele me perguntou
-Elizabeth,aceita se casar comigo?
Nossa...sem dúvidas,não pensei duas vezes
-Sim,Henry,eu aceito...
Era como se ele fizesse parte do meu destino,tudo tão perfeito,tudo lindo,era como se fosse um sonho,mas era muito melhor do que isto,era realidade,eu estava muito bem acordada...
Henry sempre gostou de compor músicas,e em suas músicas eu encontrava uma tranqüilidade,mas ao mesmo tempo uma vontade de viver,eu sempre dizia pra ele,que daria pra fazer um filme da nossa história,e com certeza seria a melhor comédia romântica de todos os anos...só que infelizmente...essa comédia romântica,acabou virando um drama.
Poucos meses depois que nos casamos,eu decidi que queria ter um filho,e foi exatamente ai que o filme viraria um drama,eu não podia ter filhos,por um terrível acidente que aconteceu comigo na infância.Durante semanas a nossa vida foi horrível,se eu não tinha capacidade pra dar um filho,ao homem que eu amava,quem era eu pra me achar tão útil...eu fiz todos os tratamento possíveis...mas de nada adiantaram.
Henry foi muito atencioso comigo,e sempre me deu forças para não me abalar...foi então que tentamos a adoção,demorou muito,mas finalmente,conseguimos adotar uma criança,que pra nossa alegria,era uma linda menina,com poucos meses de vida,seu nome,era kimberly,a mãe verdadeira de kimberly era fumante,e por isso,havia nascido com alguns problemas no coração.Nós dois tínhamos vida para compartilhar com aquela criança,nós dois tínhamos amor para oferecer á aquela garotinha.
Henry era um ótimo pai,nunca me achei tão boa quanto ele,mas ele dizia,que eu havia sido feita pra ser mãe daquela menina.Henry levava kimberly para a escola de eduação infantil,e a noite fazia ela dormir,contando historinhas.Quando kimberly completou um aninho,a nossa vida perdeu o sentido,eu perdi minhas forças para viver,henry perdeu sua vontade de viver...kimberly estava crescendo,e seu problema no coração,começou a causar interferências na vida dela,foram feitos muitos exames,mas tudo isso só se resolveria com uma solução,ela teria que ser operada,porém,era uma cirurgia de risco,e tinha muito pouca chance de continuar viva.Já passava de seis horas de cirurgia,quando recebemos a terrível noticia,de que kimberly não havia resistido...Foi horrível,nós tínhamos a felicidade em nossas mãos,e ela simplesmente nos deixou,nós nunca superamos a morte de kimberly,e o pior foi que nem conseguimos a superar a dor,henry ficou sem escrever músicas por um grande tempo,eu larguei meu emprego por alguns meses,nós não saíamos mais,nós não tínhamos assunto,e ás vezes nós sentiamos a presença dela,mesmo em sua ausência,nossa casa ficou do mesmo jeito que estava antes de kimberly morrer,os brinquedos ainda estavam lá,espalhados pelo pátio,pelas escadas,era impossível não chorar,não se lamentar,não se perguntar...por que?por que tirar nosso bem mais precioso?
Decidimos que não íamos mais nos tornamos pais novamente,porque perder um filho,é pior do que perder um pai ou uma mãe,a dor de perder um filho,é inexplicável,é como se nossos corações fossem partido ao meio,e metade de nossa vida fosse levada[...]

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